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Barbera, a 2ª uva mais cultivada da Itália

A uva Barbera detinha, até há poucos anos, o status de variedade tinta mais cultivada da Itália

Barbera, a 2ª uva mais cultivada da Itália

Recentemente, ela caiu para a segunda posição, superada pela Sangiovese, que recentemente alçou ao primeiro lugar, seguida pela Sangiovese e Montepulciano. Foi também uma das primeiras castas cultivadas no Brasil, trazida pelos imigrantes italianos no fim do século 19. Na Itália, ela é cultivada principalmente no norte, mais largamente na região do Piemonte. Nebbiolo e Barbera são as principais protagonistas da viticultura piemontesa.

Na Catedral da pequena cidade de Casale Monferrato, reputada como seu berço no Piemonte, documentos atestam que a Barbera já era cultivada lá desde o século 13. De maturação tardia, é muito utilizada na produção de tintos leves, jovens e de baixo custo – vinhos do dia a dia, mas é também empregada em vinhos mais encorpados, estruturados e com excelente potencial para guarda. De cor predominantemente rubi escuro, os vinhos de Barbera apresentam, como principal característica, a acidez marcante, taninos moderados e teor alcoólico relativamente baixo. O uso de passagem pela madeira agrega aos vinhos de Barbera, normalmente leves e simples, um caráter mais complexo e aromático, assim como incrementa seu potencial de guarda.

Na Lombardia, a Barbera frequentemente é utilizada na produção de cortes (blends), principalmente com a Sangiovese e a Gropello Gentile, esta última uma rara variedade autóctone local. Outros países, como Eslovênia, Grécia, Israel, Romênia e Austrália cultivam largamente essa versátil variedade.

Os vinhos de Barbera são normalmente aveludados e gastronômicos. Por sua leveza e caráter aveludado, combinam com antepastos, embutidos, molhos, ragus de carne, prosciutto, funghi secchi, pescados defumados, marinados ou de sabor marcante, como bacalhau.

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