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O Vinho e o Carnaval

De onde vem a festa mais famosa do Brasil? Suas origens estão na antiguidade. Pode ter surgido na Grécia ou na Babilônia – atual Iraque.
O carnaval tem até um Deus, quem diria – Dionísio, para os gregos e Bacchus (Baco), para os romanos. Na Babilônia, as Sacéias eram festas onde um prisioneiro assumia o papel de rei, trajando-se como tal, comia e bebia como rei e dizia-se, até dormia com suas esposas

O Vinho e o Carnaval

A palavra Carnaval tem origem no latim carnis levale e significa “afastar-se da carne”. As festas eram celebrações pagãs muito populares. Eram dias dedicados à embriaguez e aos prazeres carnais. “As comemorações aconteciam em diversas regiões da antiguidade, como Egito, Mesopotâmia, Babilônia, Grécia e Roma. Festejavam os aspectos cotidianos da vida: o prazer, a alegria, o excesso e a opulência. Por meio de farsas, teatros, banquetes, danças e festas, comemoravam-se grandes colheitas e as divindades eram louvadas”, explica o historiador Ivan Rêgo Aragão.

O culto dionisíaco se espalhou pelas colônias gregas até Roma. O Deus está no vinho, e absorvê-lo é ser possuído por seu espírito. O deus romano do vinho e da fertilidade se parecia tanto com Baco/Dionísio que se fundiu com ele. Ao vinho eram misturadas substâncias psicoativas, os enteógenos – que tinham o poder de “gerar o divino a partir de dentro”.

Em 186 aC, com o intuito de coibir a crescente euforia que tomava conta de cada vez mais pessoas, o Senado restringiu as festividades. Por fim, a Igreja Católica, impotente diante da magnitude e abrangência do fenômeno, incorporou o carnaval ao seu calendário, como uma tentativa de instituir algum grau de regramento aquilo que consideravam uma depravação abominável.


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