Alguns estudos dizem que o macarrão surgiu na China, tendo sido levado para o ocidente, especificamente para a Itália, por Marco Polo, por volta do ano de 1295. Outros historiadores acreditam que a massa chegou à Itália pelas mãos dos árabes que estiveram na Sicília durante a Idade Média. A controvérsia atravessa os séculos.

Alguns historiadores contam que o macarrão começou a ser produzido por volta de 2500 a.C., quando as sociedades essencialmente agrícolas descobriram que podiam moer cereais e misturar com água, para obter uma pasta que era cozida ou assada. Uma das versões mais adotadas é a que atribui a origem do macarrão aos chineses.

Uma das primeiras referências sobre uma pasta cozida à base de cereais e água, remete aos Assírios e à Babilônia, em 2.500 a.C. A versão mais aceita pelos historiadores diz que os árabes levaram a massa à Sicília no século 9, quando conquistaram a ilha.

Outros ainda afirmam que o macarrão é mesmo italiano e surgiu na ilha da Sicília 100 anos antes de Marco Polo. Os sicilianos moíam o trigo e o misturavam com água e vinho branco, dando origem ao maccaruni. O prato começou a ser difundido para o resto da Itália quase na mesma época da chegada de Marco Polo.

Como o macarrão chegou ao Brasil?
A massa chegou aqui com os imigrantes italianos, que chegavam principalmente na região Sul no século 19. O prato fez sucesso quase imediato, por ser de baixo custo e de fácil preparo.

No International Pasta Day, trazemos aqui três mitos sobre o consumo de massas – entre eles, que massas engordam.  

Especialistas em Food Intelligence explicam que o macarrão é um carboidrato, mas não tem a função de engordar. Segundo eles, existem muitos cereais de diferentes tipos e que sua função é dar energia ao corpo ao longo do dia. Desta forma, os carboidratos devem “constituir entre 50% e 55% da nossa dieta, uma vez que o cérebro humano funciona com carboidratos (glicose), explicam.

Já sobre a crença que diz que o macarrão “branco é melhor”, que tem como base a ideia de que a massa é mais leve se não levar sal, os pesquisadores afirmam que a ausência do sal causa um pico glicêmico mais alto no corpo, circulando açúcares e causando sensação de apetite assim que a digestão termina.

Desta forma, argumenta-se que “as fibras ou proteínas maximizam os benefícios da massa ao retardar a digestão dos açúcares e nos dar uma sensação de saciedade por mais tempo”.

O terceiro mito diz que massas nos dão sono. Mas a massa é um alimento de fácil digestão, e a sensação de peso pode advir da quantidade ingerida e de uma possível concentração de gorduras nos molhos.

O Brasil ocupa o 3º lugar em consumo mundial, com 1,3 milhão de toneladas/ano, atrás apenas dos Estados Unidos e, é claro, da Itália, que ocupa, inconteste, a primeiríssima posição.

Massas são um tipo de alimento muito democrático, transitando em mesas as mais humildes ou sofisticadas. É um dos alimentos mundialmente mais consumidos. Existem mais de 600 distintos cortes de massas, basicamente divididos em massas longas, curtas, secas, frescas e recheadas.

Uma boa massa deve se manter elástica mesmo quando cozida mais que o necessário, deve manter sua cor (apenas um pouco clareada pelo cozimento) e deve ter a porosidade certa. Uma massa com molho deve ter uma absorção maior que a indicada para uma sopa, por exemplo.

Projeto Pasta Grannies
Aproveitando a data, lembramos do incrível projeto Pasta Grannies, da escritora britânica Vicky Bennison (abaixo), que viajou pela Itália durante oito anos registrando em vídeo as nonnas que ainda fazem massas à mão, uma tradição que, mesmo num país que valoriza e preserva a sua cultura, aos poucos vai desaparecendo.