Vinhedos ingleses chegam a quase 4 mil hectares
No último mês de setembro, a Bride Valley Vineyard, vinícola em Dorset, sul da Inglaterra, foi vendida para os empreendedores Alasdair Warren e Mark Banham. Os valores da transação não foram revelados, e a notícia poderia nem chamar atenção, a não ser por um detalhe: a propriedade pertencia a Steven Spurrier (1941 a 2021), que ficou famoso por promover o Julgamento de Paris
A primeira safra do Bride Valley foi feita em 2011, com chardonnay, pinot noir e pinot meunier. E, a partir desta data, acompanhar Spurrier, então editor da revista inglesa Decanter, era também saber notícias da viticultura inglesa. Atualmente, como mostra recente relatório da Wines of Great Britain, referente a 2022/2023, a Inglaterra conta com 3.928 hectares de vinhedos, com um crescimento importante de 74% nos últimos cinco anos. Desde total, 3.230 hectares estão em atividade, com uma produção média de 4,8 toneladas por hectare. A estimativa da associação é chegar a 7.600 hectares em 2032.
São 209 vinícolas em atividade e 943 vinhedos. A chardonnay lidera entre as variedades mais plantadas, com 1.228 hectares, o que representa 31% dos vinhedos. É seguida pela pinot noir, com 1.141 hectares plantados, ou com 29%, e da pinot meunier, com 343 hectares, ou 9% do total de vinhas. Não por acaso, essas três variedades são também as principais para a elaboração dos agora concorrentes champanhes. Em quarto lugar está a bacchus, que ocupa 8% dos vinhedos ou 298 hectares, e é a uva mais utilizada para os vinhos tranquilos.
Kent, com 1.033 hectares, representa a maior região vinícola inglesa, com 26% dos vinhedos, seguida de West Sussex, com 15% ou 570 hectares. A produção está dividida em 68% de espumantes e 32% de vinhos tranquilos. E o método está definido: 93% dos espumantes são elaborados pela técnica tradicional (com segunda fermentação na garrafa) e apenas 3% pela charmat (fermentação em tanques fechados).
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www.winegb.co.uk
